Até
o dia 30 deste mês a exposição “Clemilda
pro forró ficar gostoso” estará disponível para todo público, no Corredor
Cultural Wellington dos Santos
(Irmão), dentro do prédio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), localizado na rua Vila
Cristina, 1051, Treze de Júlio. O horário de funcionamento é das 8h às 14h.
O Corredor Cultural Wellington dos Santos
(Irmão) foi inaugurado em maio de 2015. Desse tempo para cá vem homenageando os
artistas, cantores e personalidades que deixaram ou deixam legados no estado.
São encontrados nas exposições obras como esculturas, pinturas, fotografias, entre
outros.
“O Corredor Cultural vem desenvolvendo uma
ação desde o mês de maio do ano passado e era um espaço que num determinado
período, já tem um pouco tempo, fez algumas exposições, mas não teve
continuidade. Quando Elber Batalha assumiu a gestão da Secretaria de Estado da
Cultura, em fevereiro de 2015, convidou uma equipe e nesta estava o Mário Brito
(um dos grandes Memorialistas da Artes Visuais de Sergipe). Mário é Procurador,
mas é colecionador e também vem publicando livros sobre a memória das artes
visuais de Sergipe. Já publicou 14 livros e resolveu transformar um espaço que
era um corredor, num espaço cultural. Não é uma galeria de arte, mas é um
espaço artístico onde podemos expor e também homenagear pessoas importantes da
cultura sergipana, e nesse período junino resolvemos homenagear Clemilda e
Gerson Filho”, explica Lindolfo Amaral - Assessor Executivo da Secult .
O Assessor Executivo fala da
importância da exposição: “Através de uma propositura da Deputada Estadual Ana
Lúcia, este ano é dedicado à Clemilda. Então, resolvemos homenageá-la porque é
um período junino, o qual mais adorava. Suas canções estão relacionadas à época,
não que ela não tenha cantado outras coisas, por exemplo, gravou muitas canções
dos nossos grupos folclóricos, vaquejadas, etc. A obra dela tem uma amplitude
muito grande, mas ela se identificava muito com o ciclo junino. Logo,
resolvemos homenageá-la e claro seu esposo Gerson Filho, que era um grande
sanfoneiro de 8 baixos, assim como os festejos juninos”.
De acordo com Lindofo Amaral na exposição deste
mês, os artistas plásticos retratam os festejos juninos e as manifestações
populares. Os artistas são: Joel Dantas, o saudoso Félix Mendes (falecido), Otávio
Luiz, Adauto Machado, Beto Ribeiro e Keninho; as fotografias de Tanit Bezerra e
Marcel Nauer. Além disso um breve histórico feito pelo pesquisador Paulo
Corrêa Sobrinho sobre a vida da
homenageada, os discos de ouros, figurinos, confeccionados por Lânia Duarte,
troféus, títulos de cidadã sergipana e aracajuana. “Clemilda era alagoana, mas era
sergipana de coração. Escolheu Sergipe para morar e construir sua obra”.
Breve Histórico
Clemilda Ferreira da Silva nasceu no dia 1º de setembro
de 1936, no município de São José da Lage, em Alagoas. No dia 26 de novembro de
2014 faleceu. Este ano é comemorado os 80 anos da cantora e no ano passado foi
o centenário do seu esposo Gerson Argolo Filho.
Clemilda sempre se destacou com seu timbre de voz. Fez
muito sucesso com seu programa “Forró no Asfalto” na Rádio e TV Aperipê, que ficou
no ar por quase 30 anos. Em suas composições descrevia o nosso folclore,
gravando durante toda a sua carreira, os ritmos do reisado, guerreiro,
vaquejada, coco, marchinha, ciranda, cantiga de roda, dança do Toré (dança
indígena), xote, xaxado, baião e forró. Mais adiante fez parcerias com as
cantoras Marinês e Anastácia o trio básico das grandes vozes femininas do
forró.
Angela Catarina de Oliveira Vasconcelos –
Jornalista/ DRT:1.318-SE e Professora de
Português
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